terça-feira, 30 de dezembro de 2008

QUANDO VOCÊ VEM...



com seus inúmeros deslizes

meu cérebro suporta meias palavras

No céu, nuvens

depois da chuva torrencial

e

não sei se vou ou não

pra seus braços, tenho sensações de medo...

e a brutalidade latente do vento me instiga a pensar

Um não , é sua mão estendida.

A chuva sempre molha meu rosto

Não sei se vou secar ou não o seu...

Rejane Tach

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

OS MEUS SÃO ASSIM...

MEUS LABIRINTOS VIVOS SERPENTEIAM
DENTRO DE MIM
CRUÉIS COMO AS TEMPESTADES SÚBITAS...
MUDAS!

E

VIVO O REFÚGIO DE NÃO PODER AMAR..

Rejane Tach

... é do Marlon... nosso poeta tangaraense...

Estupendas sensações... buscas!
Entrelinhas...

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

VOAR É PRECISO!

EU QUERO SEMPRE!!!!

A FECHADURA

No meu quarto humilde e isolado,
colocou-se uma simples fechadura
por umas mãos de um aspecto delicado,
que vieram reviver minha ventura!

Meus sonhos que estavam aninhados
no meu triste leito repousavam,
despertaram sôfregos e agitados,
ao retinir dos pregos que na porta se pregavam.

Alguém, longe de mim me contemplava
e aos meus olhos fitavam este semblante,
onde a ternura daquele olhar me fascinava!

A fechadura na porta se fixava,
o meu quarto singelo e fresco agradecia,
aquela mão macia que as chaves colocava!

Arlinda Morbeck

Puro Mato Grosso...

VOZES ESTRIDENTES... MAIS QUE ALÉM...

Sempre fomos o que os homens disseram que nós éramos. Agora somos nós que vamos dizer o que somos.
Lygia Fagundes Telles, 1974

Tanto tempo... e gritos ainda ressoam pelos caminhos da alma feminina...
Tão dilacerantes quanto a própria vontade de gritar!
Rejane Tach, 2008

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008


Ausência na imensidão das horas e um bloqueio de sentidos por entre
os teus beijos...
Vai...
Meu instante vai contigo sem chorar alto...
O DIA DA SUA AUSÊNCIA

Não dei conta da sua ausência
no dia em que partiu
sem alarde.
Foi um dia desses
que se perderia na memória
como tantos outros dias iguais
se perderam
nãop fosse pelo que foi.

Não dei conta do que senti
no dia em que partiu
sem propósito.
Nada me anunciou este acontecimento.
Os móveis soturnos...
os quadros processionais...
a manhã abafada e melancólica
dessa melancolia que escapa das coisas
de não estar sendo o que são.

Melhor se esquecesse este dia.
Ainda assim ficaroia o dia
anterior ao dia em que partiu
sem renúncia.
Um dia ermo de adjetivos,
de olhares perdidos no horizonte breve,
de reticência e ranger de dentes.

Antes esquecesse também esse dia.
Ainda assim ficaria o dia
anterior ao dia que antecedeu o dia em que partiu
sem catarse.
Um dia de sorriso ambíguo,
sem uam, sequer ilação
que pontificasse a existência
e adormecesse os anjos.

Não há como, afinal, o esquecimento.
Assisto a desastrosa romaria
dos dias que chegam, seguindo
o dia da sua partida.

Percebo a estranha ironia
e abraço a sua presença.
Estava comigo somente
no dia da sua ausência.

DANTE GATTO

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

HOJE FOI DIA DE AMOR...

... dia de você, de vê-lo tão solto sorrindo pelos corredores da minha vida...
Eu amo você saiba disso! Amo sim...

Hoje ...

...é da MARILZA, nossa poetisa também do Mato Grosso...

DA OBRA CORPO DESNUDO... ( MARILZA RIBEIRO)

CORPOS CALADOS

Marcas do massacre

Na terra esquecida

Chacina impune

Corpos calados/ rasgados/ chutados/trucidados

Linguagem vermelha

Do terror...

Terra mato-grossense

Palcos de terras malditas

Cerrados silenciosos

Guardando segredos

Assassinos

Fantasmas soltos

Aves de rapina

Voando

Sobre os corpos calados

Como dança

Macabra

De cobiça...

Os rastros

Invisíveis, implacáveis

Das feras fugidas

Deixando largados os corpos

Que ontem foram

Valentes

Honestos

Garimpeiros ou bóia-frias...

Onde se encontram

As vozes

Rebeldes, inconformadas?

Estarão elas

Enjauladas pelo medo

Ou tão omissas?

Este silêncio cúmplice

De tanta gente

Cabeças pendidas

Ombros caídos

Palavra vendida?

Neste espaço mudo

Onde as vozes

Tão mortas...tão caladas...

Jaz um gemido que

Explode em chamas

Nesta hora aflita

Meu poema... Meu Grito...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Gostei disso... é do Lobivar Matos;

SEXO

Menino-galo

Que entra no galinheiro

E gala toda galinha carijó,

Que encontra chocando.

Menino-bode,

Que corre atrás de cabra no morro

E deixa os bodes espirrando de raiva.

Menino-bezerro,

Que laça bezerra,

Que amansa novilha

No curral.

Menino-cachorro,

Que leva cadela pra o mato

E volta, mão no bolso

Assobiando, fisfarçando,

Xingando cadela.

Menino-menino,

Que brinca com a prima

De marido e mulher

No quarto escuro, debaixo da cama.

Menino meleca,

Que vai apanhar veludinho

E depois volta afobado,

Gaguejando,

Que o homem do mato

Correu atrás dele,

Quis fazer besteira também

Com o menino-meléca,

Com o menino-safado.

Hoje o dia estúpido me fez pensar com estupidez.

isso não tem título...

Mergulho nas infinidades de emoções e tenho nas mãos coceira de desenhar letras em fila, sem nexo... Perambulam tais letras em papéis que catei da minha gaveta abandonada.

E

Gritam alguns; NÃO ME ABANDONAAAAAAAAAAAAA!!!

O começo do blog...

Tudo começou assim; a Kari queria ter um blog de Literatura Mato-grossense, e fez o tal blog. Mandou e-mails pra Zeus e o mundo... O professor Dante Gatto sentiu uma invejinha boa ( segundo ele mesmo) e fez um blog parecido. Ah... eu embalei na mesma inveja e criei um também...E vamos de INVEJA BOA!