incessantemente pela divulgação de poesia enquanto eu puder...
há razões e sonhos que não posso deixar de lado...
há um aqui e agora com amor à escrita diferente...
existem por aí escritores mato-grossenses que não podem ficar escondidos...
e assim será!
Rejane Tach
domingo, 26 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
O LOUCO...
De Gibran Khalil Gibran
Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:
Um dia, muito antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscaras pelas ruas cheia de gente gritando: “ – Ladrões, ladrões, malditos ladrões! “
Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa com medo de mim. E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “ – É um louco!” Olhei para cima para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez a minha face nua.
Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe gritei: “ – Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.
" ... e quero ser livre nos meus infinitos como você...! "
Rejane Tach
quinta-feira, 16 de abril de 2009
POESIA...POESIA
A SAL (Sociedade Anônima Literária) surgiu em sua versão original na cidade de Goioerê, interior do Paraná e foi reformulada em nossa cidade pelo poeta Celso Júnior. Conta atualmente com a participação das poetisas Rejane Tach, Jennifer Furlan de Sinop, Karina Justino, Dilene Alves Generoso e Robério Barreto de Salvador –Ba, que têm como objetivo tirar do anonimato os poetas regionais divulgando suas obras através de publicações impressas, apresentações, exposições e blog. Os poetas que residem em Tangará da Serra participantes do grupo reúnem-se para discutir os trabalhos em andamento e conversar sobre poesia. Os trabalhos dos participantes serão publicados em folhetim regularmente.Os interessados em participar do grupo podem entrar em contato pelo e-mail: celsotga@gmail.com.
Rejane Tach
Rejane Tach
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Insanos?
“... há o seu quê de razão na loucura”. Nietzsche
O tratamento de pessoas com problemas mentais até a metade do século XX resumia-se num confinamento em hospital psiquiátrico. ( E hoje...?) As pessoas nessas condições ficavam sem atividades e reclusas em celas minúsculas e sujas. A partir da década de 70 tais métodos desumanos de tratamento vieram a público, e profissionais e médicos da área começaram uma “reforma psiquiátrica”.
Em países desenvolvidos os pacientes mentais são tratados de maneira mais humana visando a ressocialização e não confinamento. Segundo Clarisse Werneck, no Brasil o tratamento dos doentes mentais ainda são inadequados (choques elétricos e sedativos), situação que persiste por falta de fiscalização e de repasses de verba insuficiente.
Em 2004, o Ministério da Saúde lançou um programa de reestruturação de assistência hospitalar aos doentes mentais, cujas metas são a redução do número de leitos psiquiátricos e a ampliação da rede extra-hospitalar. Porém o atendimento está longe do ideal, e o Caps (Centro de Atendimento Psicossocial), ainda não existe em número suficiente para atender a demanda populacional.
O objetivo do Caps é oferecer atendimento a população realizando um acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, fortalecimento de laços familiares e exercícios dos direitos civis.
Para Clarice a sociedade vê o doente mental como uma peça defeituosa, esquecidos e renegados, são pessoas que poderiam se reintegrar a vida em sociedade com seus direitos e deveres, se tivessem claro, uma casa para voltar... no entanto, muitos deles não têm referencial algum no mundo externo ao hospital psiquiátrico.
De acordo com especialistas, na doença mental a intervenção precoce facilita o tratamento e evita o agravamento do problema assim como outras enfermidades. Se o paciente receber terapia, medicação e atendimento psicossocial adequado é possível evitar a esquizofrenia.
Na Grécia antiga, os filósofos Platão e Aristóteles foram os primeiros a elaborar teorias sobre a natureza da alma e seus transtornos. Hipócrates, considerado o pai da medicina sistematizou os conceitos já existentes: manias, histerias, paranóias e melancolias. Foi na Idade Média que portadores de transtornos mentais começaram a ser marginalizados e queimados em fogueiras sob a crença de que estavam possuídos pelo demônio. A partir do século XV asilos começaram a receber portadores de transtornos, prostitutas e vagabundos. A partir do século XVII até o século XX, os asilos foram destinados somente aos “loucos” que ficavam excluídos do convívio social sem nenhum tipo de tratamento. O primeiro asilo psiquiátrico foi fundado em Valência, em 1410 na Espanha.
Segundo a psicóloga Patricia Miranda da Caps, é importante que o paciente além de receber a medicação adequada, esteja inserido na sociedade, trabalhe, estude e conviva com sua família. Para ela é importante que as famílias também recebam apoio e suporte, pois os parentes também ficam cansados e adoecidos. Esse procedimento de apoio evitaria o preconceito e o abandono dos doentes.
O fim das internações psiquiátricas é uma das questões mais polêmicas que envolvem profissionais da área, pois existe o argumento de que o próprio paciente não aceita conviver com a família, ademais famílias estariam aceitando o retorno de seus doentes pelo reforço ao orçamento com mau uso do dinheiro. Outro argumento é de que, a maioria dos moradores de rua apresentam transtornos mentais e que existem casos de extrema necessidade de internação.
O Movimento Antimanicomial teve início na década de 70 com a participação de profissionais da área de saúde mental, doentes e familiares de doentes. Foram reivindicadas amplas reformas psiquiátricas no país, porém ainda sem resultados. Com o processo existe a Lei 10.708 de 2003 que prevê a desativação gradual dos manicômios para aqueles que sofrem de transtornos mentais possam viver livres na sociedade.
Rejane Tach
O tratamento de pessoas com problemas mentais até a metade do século XX resumia-se num confinamento em hospital psiquiátrico. ( E hoje...?) As pessoas nessas condições ficavam sem atividades e reclusas em celas minúsculas e sujas. A partir da década de 70 tais métodos desumanos de tratamento vieram a público, e profissionais e médicos da área começaram uma “reforma psiquiátrica”.
Em países desenvolvidos os pacientes mentais são tratados de maneira mais humana visando a ressocialização e não confinamento. Segundo Clarisse Werneck, no Brasil o tratamento dos doentes mentais ainda são inadequados (choques elétricos e sedativos), situação que persiste por falta de fiscalização e de repasses de verba insuficiente.
Em 2004, o Ministério da Saúde lançou um programa de reestruturação de assistência hospitalar aos doentes mentais, cujas metas são a redução do número de leitos psiquiátricos e a ampliação da rede extra-hospitalar. Porém o atendimento está longe do ideal, e o Caps (Centro de Atendimento Psicossocial), ainda não existe em número suficiente para atender a demanda populacional.
O objetivo do Caps é oferecer atendimento a população realizando um acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, fortalecimento de laços familiares e exercícios dos direitos civis.
Para Clarice a sociedade vê o doente mental como uma peça defeituosa, esquecidos e renegados, são pessoas que poderiam se reintegrar a vida em sociedade com seus direitos e deveres, se tivessem claro, uma casa para voltar... no entanto, muitos deles não têm referencial algum no mundo externo ao hospital psiquiátrico.
De acordo com especialistas, na doença mental a intervenção precoce facilita o tratamento e evita o agravamento do problema assim como outras enfermidades. Se o paciente receber terapia, medicação e atendimento psicossocial adequado é possível evitar a esquizofrenia.
Na Grécia antiga, os filósofos Platão e Aristóteles foram os primeiros a elaborar teorias sobre a natureza da alma e seus transtornos. Hipócrates, considerado o pai da medicina sistematizou os conceitos já existentes: manias, histerias, paranóias e melancolias. Foi na Idade Média que portadores de transtornos mentais começaram a ser marginalizados e queimados em fogueiras sob a crença de que estavam possuídos pelo demônio. A partir do século XV asilos começaram a receber portadores de transtornos, prostitutas e vagabundos. A partir do século XVII até o século XX, os asilos foram destinados somente aos “loucos” que ficavam excluídos do convívio social sem nenhum tipo de tratamento. O primeiro asilo psiquiátrico foi fundado em Valência, em 1410 na Espanha.
Segundo a psicóloga Patricia Miranda da Caps, é importante que o paciente além de receber a medicação adequada, esteja inserido na sociedade, trabalhe, estude e conviva com sua família. Para ela é importante que as famílias também recebam apoio e suporte, pois os parentes também ficam cansados e adoecidos. Esse procedimento de apoio evitaria o preconceito e o abandono dos doentes.
O fim das internações psiquiátricas é uma das questões mais polêmicas que envolvem profissionais da área, pois existe o argumento de que o próprio paciente não aceita conviver com a família, ademais famílias estariam aceitando o retorno de seus doentes pelo reforço ao orçamento com mau uso do dinheiro. Outro argumento é de que, a maioria dos moradores de rua apresentam transtornos mentais e que existem casos de extrema necessidade de internação.
O Movimento Antimanicomial teve início na década de 70 com a participação de profissionais da área de saúde mental, doentes e familiares de doentes. Foram reivindicadas amplas reformas psiquiátricas no país, porém ainda sem resultados. Com o processo existe a Lei 10.708 de 2003 que prevê a desativação gradual dos manicômios para aqueles que sofrem de transtornos mentais possam viver livres na sociedade.
Rejane Tach
terça-feira, 14 de abril de 2009
ME AGARRO...
nas sensações do mundo
sob aspectos de dia negro
Nem o sol me sustenta nas brisas
porque vi ontem uma estrela cadente
cruzar meu espaço...
Enquanto meu sorriso largo te procura
teus pés correm em direções contrárias
pra não me ver...
Os lamentos se dividem em meu coração
não mais doce que ontem
mas continuo sendo tua
até outro amanhecer
Posso correr com o vento pra te segurar
e contigo sonhar
mais uma vez...
Rejane Tach
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Também no céu...
as folhas amarelas caem das árvores
E
Um escarcéu de nuvens negras
Soltas em mim...
Ainda sofro por amor e permaneço calada
Perambulo nas idéias
Com os cabelos lisos escorrendo pelas costas
Abraço sempre os joelhos...
O tempo voraz não me permite ser humana
Pra olhar o céu crivado de estrelas
E só
Ouvir os barulhos loucos do meu coração
Que pulsa maltratado
Sou criatura criada
Casta
E basta!
Meus assuntos absolutos agora inúteis
Ainda perambulando...
Meu encontro comigo, inefável...
As nuvens negras estão soltas
Ainda...
E
Um escarcéu de nuvens negras
Soltas em mim...
Ainda sofro por amor e permaneço calada
Perambulo nas idéias
Com os cabelos lisos escorrendo pelas costas
Abraço sempre os joelhos...
O tempo voraz não me permite ser humana
Pra olhar o céu crivado de estrelas
E só
Ouvir os barulhos loucos do meu coração
Que pulsa maltratado
Sou criatura criada
Casta
E basta!
Meus assuntos absolutos agora inúteis
Ainda perambulando...
Meu encontro comigo, inefável...
As nuvens negras estão soltas
Ainda...
Rejane Tach
domingo, 5 de abril de 2009
...poderia
dizer bem alto
os meus devaneios
e a ti soluçar mais uma vez
mas
me destruo por dentro
e ouço as vozes de algum além
que sangram perto dos meus ouvidos.
um beijo e nada mais na memória da vida
sou tua
incodicionalmente
um agora esquecido
sobrevoa minha vida...
Rejane Tach
os meus devaneios
e a ti soluçar mais uma vez
mas
me destruo por dentro
e ouço as vozes de algum além
que sangram perto dos meus ouvidos.
um beijo e nada mais na memória da vida
sou tua
incodicionalmente
um agora esquecido
sobrevoa minha vida...
Rejane Tach
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