quarta-feira, 9 de março de 2011

Sinto -me

Pollyanna Tach





... agora incapaz de caminhar ao encontro dos meus anseios, tenho comigo que as noites longas ainda permanecem remetendo meus braços ao nada. Sem barulhos nem nuanças, meu coração inerte assume a postura da morbidez. Falta um ponto de apoio, algo que pudesse transcender o horizonte da minha alma...e... com as janelas fechadas tento ouvir os pássaros da noite sobrevoando meu canto...

Apenas um olhar de treva olhando os olhos do mundo...mas.. quando meu corpo estiver irreconhecivelmente adormecido tua imagem me buscará...todos os esforços serão compensados e não haverá mais distância...nem dor...nem solidão. Beberemos juntos o encanto das bocas molhadas, e o universo com substâncias de lua será nossa casa.

Anda noite...anda longamente nos meus seios úmidos!! Pois quero sentir a mesma chuva que te molha, no meu corpo também, até que os vales adormecidos gritem comigo teu nome ...

Ouvirei vagamente os sons carinhosos dos teus movimentos em mim...lindo amor...

Acordo no limbo da existência...

Pobre amor!

Rejane Tach

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