domingo, 14 de agosto de 2011
MEUS PÉS
sempre andaram descalços
sozinhos
empoeirados
rachados
famintos
mudos
ignorantes
desprezados
desempregados
inutilizados
abandonados
desamados
tristes
e
meu nome é Força.
rejane tach
sábado, 13 de agosto de 2011
E as aranhas bordam na noite...
Rendas lindas
Que vestem sombras imaculadas
No sombrio silencioso
De lá...
Recinto úmido e gritos abafados
Vêm de anjos negros
Que suicidam teias no emaranhado
Do escuro...
Aranhas trabalham medos
Entrelaçam eufóricas
Fios de nada e sobrevivem amantes
Exóticas, loucas
Se fragmentam viúvas
Inacabadas, soberbas
Nefastas se vão...
rejane tach
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Quando despir meu corpo
...não precisa dizer que me ama
basta que
olhe nos meus olhos
quando me beijar
diga apenas
meu nome pela metade
quando apertar teu corpo
contra o meu
não diga nada...
Quando penetrar meu ser
feche os olhos
quando sentir o prazer
tomar teu corpo
sinta-se loucamente meu
porque
eu quero estar olhando nos teus olhos...
rejane tach
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
CORAÇÃO MORTO...
recantos sombrios
pensamentos que fogem
desconhecem encantos...
A prata nos cabelos
incêndio nos olhos
mãos maduras!
Que distância entre nós!
Sonhos mortos!
No mergulho da ira
o amargo da alma
incompreensível anjo doente
sublimado ao rancor e ao preconceito...
Prisioneiro de si
amaldiçoada alma negra...
aperta os lábios
sozinho
ronda a vida calado...
Rejane Tach
de "Sanas Loucuras"
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
REVIVENDO...
aos poucos
saio devagar
timidamente avanço
me perco
no caminho lerdo
desrumado
descolorido
desvivido
desviado
desavisado
desumano
des...
e vejo mais a frente
um outro labirinto...
rejane tach
saio devagar
timidamente avanço
me perco
no caminho lerdo
desrumado
descolorido
desvivido
desviado
desavisado
desumano
des...
e vejo mais a frente
um outro labirinto...
rejane tach
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