quarta-feira, 24 de junho de 2009

E...


ando a cantar
Com você sob o sopro do vento
Em nosso canto
Enquanto meu delírio manuseia
Com audácia nossas noites prolongadas

Sou refém desse ato musical
Quem me aplaude é você!

Os sons da madrugada
Tímidos
Envolvem-se em nossa orgia imaculada

Meu alento sussurra comigo!
Sou a sua pele agora...
O amo tanto que quero entrar nos seus olhos
E nunca mais sair
Encantar sua voz e ter para sempre
Sua boca na minha dança...


Rejane Tach


terça-feira, 16 de junho de 2009

...



É para ti minha oferenda
Corpo sadio de máscula beleza!

mas

Tenho pretensões de santidade
Agora
Já tive em ti sonhos de afagos
Persuadida pela tua sedução incomum

Sombreada pela dor me vem uma neblina nos olhos
Te vejo soberbo ainda
E só tenho uma sensação

A de deslizar numa saudade idiota
Que me faz te ofertar
Minha piedade absoluta!


Rejane Tach

segunda-feira, 15 de junho de 2009

ABSORVO

...para mim tuas palavras


sinto-me única


e


não importa o rumo

que elas devam tomar....




Rejane Tach

quarta-feira, 10 de junho de 2009

NAMORAR É BOM... AMAR É SUBLIME...





Ouço os barulhos do meu coração
E grito
Teu nome ao vento
Quando lembro do teu riso lindo
Ameno como as manhãs frescas...

Amo os dedos sublimes de Deus
Que lapidaram tua beleza cálida
Que posso tocar com amor...

É na tua alma que encontro os devaneios
De ser feliz
E choro quando ouço aquela música
Que embalou nosso primeiro beijo

Teu divinal me absorve e concilio meu ser
Em fortaleza no teu abraço
Porque não quero parar de adormecer
Nos teus alentos...

Sinto cada manhã renovar-me
Porque sei
Verei teus olhos brilhando nos meus...

Nas convulsões do teu prazer
Eu me entrego com teu cheiro no meu corpo
E te amo
Como nunca amei ninguém.



Rejane Tach

domingo, 7 de junho de 2009

Tenho no coração o inverno...E atenta ao teu corpo divinal

Curitiba - Imagem de César Luis Chechi







E atenta ao teu corpo divinal
Minha sedução satânica
Se faz sob um véu rústico de meios panos

E quando eu passar por teus anseios
Meus braços serão como galhos secos
Sedentos
Porque não mais sou capaz de amar
Com o calor de outrora...

O inverno pode habitar meu peito
E as flores sem o cheiro dos vivos
Estremecem ressecadas pelo vento
Sem deixar os vestígios...

Atenta ao ermo do teu pudor
Purifico-te sob as sombras
Do meu caminho

E

Ouviremos juntos o estalar das folhas
Sem o abraço de um dia nosso
mas
a essência da solidão.



Rejane Tach

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Nem os ventos frios da morte separam a minha alma da tua...


TUMBAS AO VENTO...


E eu aqui
Solitário verme sem vida
obscuro
Com o silêncio dos vivos n’ alma

Exponho meu denso rumor
Já esquecido por ti
Num lamento de sofreguidão
E a entrega dos meus pequenos pedaços
Que tentei juntar
Sucumbiram nas masmorras
De algum inferno
Aqui...

Quando ainda posso levantar
As mãos para o céu
Evoco
Minha morte latente
Mordendo minha boca branca
E choro alto

Minha ira é meu deus
E me entrego aos buracos sutis
Do escuro sob tumbas ao vento
Aqui...

FREDERICH GEORGE SMMYFTH